sábado, 23 de janeiro de 2010

Para um amor inexistente


Melancolias à parte vou escrever sobre o amor.
Eu postei lá no orkut (que era meu blog inicialmente) que nunca mais escreveria sobre o amor. Mudei de idéia, porque à época o amor doía e hoje não dói mais: meta-morfose-ou-se.

Falar de amor é sempre anacrônico e brega anyway. Nunca estamos preparados para amar e idealizamos alguém que caiba em nossos sonhos.

O amor romântico, idealizado, está em circulação desde Tristão e Isolda e os romances cavalheirescos.

Mas se contemporalizarmos um pouco, você pode dispensar amor à alguém e não receber nada em troca e ainda saber que isso não dói.

Só dói quando você esperava recompensas que não vieram. A pessoa não reconheceu você, explorou o que pôde e saiu fora. Se havia expectativa, havia cobrança. Se havia cobrança...o amor havia morrido e você não percebeu.

Ontem escrevi sobre a amizade e o amor que há nela. Hoje escrevo nada diferente. Ser amigo de alguém é amá-lo, é ser soul mate.

Lembrando o motivo de eu ter escrito dois anos atrás que nunca mais escreveria sobre o amor, lembrei que o amor é atemporal, que renasce como flor roxa.

Que é verbo intransitivo.

Que é amorfo e multifacetado, o que em si já é uma contradição. Você o coloca onde quiser que ele toma a forma do receptáculo. Se for tiny, lá ele fica. Se for oceânico, ele inunda as vazantes.

Ele é esférico e gira em todas as direções. É saudável, doce e mantém sempre a inocência infantil, aquela que vibra com o raio de luz atravessando o fio de cabelo ruivo.

É conteúdo e continente. Mais vasto que as estepes e desertos juntos.

E cabe dentro de você, perfeitamente.

Avohai!

Um comentário:

Michele Matos disse...

O amor irrita um pouco, porque ele não é nada racional.
Bju profi!